Espaço para difusão de informações sobre energia renovável em pequena escala e eficiência energética para uso doméstico.



31 de agosto de 2010

Nova tecnologia de motores reduz em até 90% consumo de energia


Uma nova tecnologia para motores foi desenvolvida com foco na economia de energia elétrica. Chamada de Keppe Motor, a novidade pode ser utilizada em diversos aparelhos, reduzindo de 70% a 90% o consumo de eletricidade. O novo produto será apresentado durante a ECO Business - Feira e Congresso Internacional de Econegócios e Sustentabilidade que será realizada de 31 de agosto a 02 de setembro, no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo.O Keppe Motor foi inventado com base nos estudos de Norberto Keppe, expostos em seu livro A Nova Física da Metafísica Desinvertida e trabalha por meio de energia pulsada, que permite ressonância com a energia essencial. Dessa forma, há uma melhora significativa no desempenho do motor. Já os motores elétricos convencionais, trabalham com corrente contínua ou alternada, que tem como limitação tecnológica e característica o aquecimento do motor, levando a um consumo maior de energia.O Keppe Motor possibilita aplicações de até 250 watts de potência mecânica, que normalmente são encontrados em eletrodomésticos e eletro eletrônicos de pequeno porte. Já os projetos para motores de maior potência ainda estão em fase de desenvolvimento. Durante a ECO Business estarão expostos diversos ventiladores, bomba d'água, cortador de grama e bicicleta elétrica. A tecnologia já foi recentemente apresentada na Rússia, a convite do Parlamento e no Departamento de Automação Industrial do Liceu de Artes e Ofícios de Paris, na França, e em setembro, estará em exposição no Congresso sobre Tecnologias de Energia do Vácuo, na Alemanha.

30 de agosto de 2010

Nova fonte energética para produção do Biodiesel



Abaixo reportagem extraída do site http://www.biodieselbr.com/.

Muito interessante, vale a pena ler e divulgar a políticos, empresários, estudantes e demais interessados.


Algas e plantas aquáticas: geradoras de energia e limpeza

Elas têm estruturas mais simples e se reproduzem em velocidades muito maiores do que as dos outros vegetais. Essas características colocam as microalgas e as pequenas plantas aquáticas da família das Lemnaceaes na fronteira das pesquisas sobre novas fontes de biocombustíveis.

Especialistas nessas duas matérias-primas apresentaram resultados de seus estudos no 2º Congresso Pan-Americano sobre Plantas e Bioenergia, que termina nesta quarta-feira (11/8), em São Pedro (SP).

O caráter sustentável da produção de algas, que têm grande capacidade de aborver dióxido de carbono (CO2), foi ressaltado por Richard Sayre, diretor do Instituto Erac para Combustíveis Renováveis, em Saint Louis, Estados Unidos. Mantido pela iniciativa privada, o Erac é um dos maiores centros mundiais de pesquisas em plantas, reunindo 170 pesquisadores e 95 PhDs.

Sayre apontou a importância de se investir em fontes renováveis de energia que forneçam combustível em forma de óleo, como é o caso das algas. “A gasolina pode ser substituída por etanol, porém outros combustíveis e produtos derivados de petróleo dependem de matérias-primas baseadas em óleo”, afirmou.

Por esse motivo, somente metade do petróleo usado no mundo poderia ser substituído por etanol. Além disso, o óleo, segundo o pesquisador, contém o dobro da densidade energética do etanol.

Ao se comparar fontes de biodiesel, as algas também apresentam uma produtividade muito superior às das demais matérias-primas, segundo Sayre. No estudo do Erac, as algas produziram 58.700 litros de óleo por hectare de cultivo, contra 5.950 litros de óleo de palma, a segunda colocada.

“Essa é uma estimativa modesta, que considera a extração de 30% de óleo da biomassa, mas podemos extrair até 70% elevando a produtividade para 136.900 litros de óleo por hectare”, afirmou.

Além disso, as algas não possuem tecidos heterogêneos, como folhas, galhos e raízes, o que facilita um dos maiores obstáculos da obtenção dos biocombustíveis de plantas: a quebra da parede celular.

Outra vantagem apontada pelo pesquisador é o alto teor de óleo das células das algas, que podem apresentar até 50% de lipídios não polares, mais fáceis de serem quebrados, e possuem de 10% a 45% mais energia do que as matérias-primas obtidas de carboidratos.

O especialista norte-americano propõe também que as algas sejam aplicadas na solução de outro problema das grandes cidades: o tratamento de esgoto. Algas capazes de decompor matéria orgânica poderiam ser cultivadas em estações de tratamento. Além da limpeza da água, o cultivo produziria biodiesel e absorveria uma boa parte do CO2 da atmosfera.

No exemplo de Sayre, o tratamento de esgoto de uma cidade como Nova York produziria 10 milhões de litros de biodiesel de algas por ano e absorveria 40% do CO2 emitido por uma termelétrica de 200 MWh movida a carvão. “Também haveria ganhos adicionais com a produção de metano e de produtos para ração animal”, completou.

O desafio da equipe do Erac está em desenvolver melhorias genéticas a fim de aprimorar a conversão de energia solar no interior das células. Essa conversão depende do tamanho de estruturas chamadas de complexo LHCII. Por serem muito grandes, essas estruturas recebem mais energia do que conseguem processar e o excedente (cerca de 60%) acaba sendo desperdiçado.

A viabilidade econômica da produção de biodiesel de algas foi conquistada ao longo dos anos graças aos avanços obtidos em pesquisa. “Hoje, conseguimos produzir biodiesel de algas ao custo de US$ 2 por galão, sem subsídio algum do governo. Há três anos, esse mesmo galão custava US$ 100”, comparou.

LENTILHAS D´ÁGUA
A menor planta do mundo capaz de produzir flores é outra fonte promissora de biocombustível, de acordo com o professor Eric Lam, do Departamento de Biologia e Patologia Vegetal da Universidade do Estado de New Jersey – Rutgers, nos Estados Unidos.

Conhecidas no Brasil como lentilhas d’água, as plantas da família Lemnaceae são capazes de se reproduzir sobre água doce ou salobra. São cinco gêneros e 40 espécies conhecidas que se espalham em regime perene por praticamente todo o planeta, com exceção das regiões desérticas e polares.

Nos Estados Unidos, elas são chamadas de duckweeds (“erva de pato”), por servirem de alimento às aves aquáticas que aproveitam as estruturas ricas em gordura, proteínas e amido da planta.

Assim como as algas, as lentilhas d’água se reproduzem com velocidade muito maior que a dos demais vegetais. “Os exemplares da espécie Wolffia microscopica dobram de quantidade a cada 30 horas”, disse Lam.

Essa proliferação se deve ao fato de as Lemnaceaes se propagarem principalmente de maneira assexuada, produzindo clones genéticos. Outra diferença é que essas plantas aquáticas são extremamente pobres em lignina, macromolécula responsável pela defesa imunológica, pelo transporte de água e nutrientes e, especialmente, pela estrutura física da planta, conferindo-lhe suporte mecânico.

Lam especula que a pouca concentração de lignina nas lentilhas d’água seria um fruto da adaptação desses vegetais ao habitat aquático, no qual não seria necessária igual rigidez.

A baixa presença de lignina é uma considerável vantagem na fabricação de biocombustível, pois quebrar essa molécula tem sido um dos maiores desafios da pesquisa em combustíveis de origem vegetal.

De maneira similar às algas, as Lemnaceaes têm a capacidade de recuperar águas contaminadas, uma vez que reduzem coliformes, absorvem metais pesados e consomem parcelas consideráveis de nitrogênio e fósforo. Elas também têm um papel importante no ecossistema ao estimular a presença de anfíbios e de outros animais aquáticos.

Em uma experiência realizada em uma fazenda de porcos nos Estados Unidos, o professor Jay Cheng, da Universidade do Estado da Carolina do Norte, conseguiu em 12 dias eliminar completamente altas concentrações de nitrogênio e potássio que a criação emitia no lago da fazenda apenas com aplicação de lentilhas d’água.

O mesmo experimento utilizou as plantas na produção de combustível e obteve uma produtividade cinco vezes maior por unidade de área cultivada em comparação com o etanol obtido do milho.

A planta ainda pode ser obtida em regiões em que ela se prolifera como invasora. Lam apresentou dois exemplos, um no lago Maracaibo, na Venezuela, e outro em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Em ambos, as Lemnaceaes ocuparam quase toda a superfície dos lagos, prejudicando o ecossistema.

“As autoridades locais vão adorar se você se dispuser a retirar essas plantas dos lagos. É uma fonte abundante e gratuita para o produtor de biocombustível”, disse Lam.

Segundo ele, algas e Lemnaceaes são fontes por excelência de biocombustível, pois, além de recuperar águas contaminadas e absorver CO2, elas não competem por terras agriculturáveis nem com a produção de alimentos como milho e soja.


Fonte: http://www.biodieselbr.com/noticias/em-foco/algas-plantas-aquaticas%3A-geradoras-energia-limpeza-110810.htm

26 de agosto de 2010

Nova tecnologia permite obter energia elétrica a partir de dejetos suínos

Sempre associados a sujeira e falta de higiene, os porcos podem ser agora a mais nova fonte de energia alternativa, limpa e renovável. É que um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas em Energias Alternativas e Renováveis (CPEAR), da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), acaba de desenvolver um novo processo que permite obter energia elétrica a partir de dejetos suínos sem liberação de gases poluentes. Além de oferecer uma opção a mais de acesso à energia, a técnica ajudaa reduzir a poluição de solos e mananciais, um problema cada vez mais grave no Sul do Brasil, onde a suinocultura é uma das principais atividades em pequenas e médias propriedades rurais.


O engenheiro João Luiz Alkaim, coordenador do CPEAR, conta que a geração de energia a partir de agentes poluentes já é realizada há muito tempo, por meio da combustão do gás metano liberado pelo lixo orgânico em decomposição. “A novidade é que agora não há queima”, explica. “O sistema extrai gás hidrogênio do dejeto suíno e, a partir desse hidrogênio, é possível construir uma célula combustível, espécie de bateria altamente eficiente.”

O Biogás-H, como é chamado o sistema, funciona em três etapas. Primeiro, os dejetos são laados em um biodigestor anaeróbico, que decome a matéria orgânica digerível por bactérias e a transforma em biogás. O efluente que sobra desse processo pode ser usado para fins agrícolas, como adubo. A segunda etapa é a de limpeza do biogás. Dali sai o gás metano puro, que vai para um reformador, misturado a vapor d’água. O reformador é o equipamento que extrai o gás hidrogênio, que poderá, finalmente, ser injetado em uma célula combustível.

A célula combustível é capaz de gerar eletricidade a partir de uma reação química, usando como reagentes apenas hidrogênio e oxigênio. “Por ser muito eficiente e não emitir substâncias poluentes, sea fonte de energia do futuro”, preAlkaim. Como subproduto, a célula gera água pura, que, misturada a sais minerais, se torna potável.

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/quimica/muito-alem-da-feijoada/