Espaço para difusão de informações sobre energia renovável em pequena escala e eficiência energética para uso doméstico.



9 de dezembro de 2010

Mercado de energia limpa em tendência de crescimento

Energia limpa pode atrair US$ 2,3 trilhões até 2020

Os investimentos no mercado global de energia limpa - solar, eólica e biomassa - podem chegar a US$ 2,3 trilhões até 2020, segundo levantamento da Pew Charitable Trusts, instituição sem fins lucrativos com sede na Pensilvânia, nos Estados Unidos. De acordo com o relatório, os investimentos podem crescer US$ 546 bilhões, além do US$ 1,7 trilhão previsto para o período, caso os países membros do G-20 avancem em suas políticas ambientais. Em 2009, o mercado de energia limpa atingiu US$ 162 bilhões, após crescer 230% desde 2005.

O relatório leva em conta projeções feitas com três cenários possíveis. No primeiro deles, os países do G-20 não mudariam suas políticas ambientais. No segundo cenário, as nações adotariam as medidas necessárias para alcançar as metas voluntárias divulgadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Copenhague (COP-15), no ano passado. No terceiro cenário, o mais otimista, os países criariam políticas para ações de grande capacidade de redução dos gases causadores do efeito estufa.

Em todos os cenários, porém, a estimativa indica que a maioria dos investimentos seguirá para a Ásia, que substituiu a Europa na liderança desse mercado. Até 2020, China, Índia, Japão e Coreia do Sul contabilizarão aproximadamente 40% dos investimentos mundiais em projetos de energia limpa. Segundo as projeções, a China irá se manter na liderança no setor, atraindo sozinha investimentos na casa dos US$ 620 bilhões ao longo da década, fruto de iniciativas para expandir a matriz energética nacional e atender as demandas domésticas crescentes.

A Europa, que havia liderado o setor até agora graças a políticas de mitigação incentivadas pelo Protocolo de Kyoto, ainda pode crescer 20% além das previsões iniciais, caso adote políticas ambientais mais profundas.

O Brasil, no cenário mais otimista, pode dobrar a capacidade de atração de investimentos de US$ 4 bilhões para US$ 8 bilhões anuais até 2020. O relatório lembra que o País já tem uma matriz energética limpa, além de ostentar o posto de segundo maior mercado de biocombustíveis. Por outro lado, o relatório afirma que o Brasil "poderia ter mais sucesso" se o governo baixasse os impostos para projetos de infraestrutura e energias renováveis. Além disso, recomenda que o governo reduza os juros para que o crédito a projetos ambientais seja mais acessível por meio de outras instituições além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,energia-limpa-pode-atrair-us-23-trilhoes-ate-2020,46804,0.htm

8 de dezembro de 2010

Biocombustíveis secundários: será este o futuro dos biocombustíveis?

A energia limpa do futuro virá dos resíduos


Os biocombustíveis primários - milho, coco e cana de açúcar cultivados para produzir energia - perdem o fôlego diante de uma segunda geração, inspirada nos recicláveis. A Alemanha, primeira produtora mundial de biodiesel, estabeleceu um marco com a primeira refinaria que produz combustível a partir da madeira, e o Reino Unido abriu em janeiro um Centro de Bioenergia Sustentável que usa resíduos agrícolas, algas marinhas e micróbios alterados para obter energia.

Há dois problemas com os biocombustíveis primários: um é ambiental - a necessidade de substituir as matas por novas terras de cultivo, o que agrava a mudança climática -, o outro é econômico: eles alteram os preços e ameaçam o fornecimento de alimentos básicos como o açúcar, a soja e o milho à população.

No ano passado, a União Europeia revisou sua meta para 2020, que era de suprir 10% da demanda energética dos transportes com os biocombustíveis primários. Bruxelas mantém a meta de 10%, mas decidiu que a demanda pode ser substituída também por hidrogênio, painéis solares ou qualquer outra fonte renovável de energia. Ao contrário das expectativas de alguns anos atrás, e apesar do apoio de muitos governos, incluíndo o espanhol, o mercado mundial ainda continua acumulando excedentes de biocombustíveis primários. Há um excesso de oferta desses produtos, segundo o setor. A Repsol, por exemplo, acaba de interromper a construção de uma fábrica em Tarragona que produziria 150 mil toneladas anuais de biodiesel primário.

Ao mesmo tempo, entretanto, a primeira refinaria da segunda geração nasceu em Friburgo: a Indústrias Choren, que começam este ano a produzir 13.500 toneladas de biodiesel a partir de resíduos de madeira. A empresa usa uma técnica própria chamada Carbo-V, que primeiro transforma madeira em gás, e depois usa o gás para sintetizar o diesel.

Os resíduos lenhosos - palha, madeira e partes não comestíveis dos alimentos cultivados - são uma fonte potencial muito abundante para a produção de energia. Mas digerir a madeira se tornou um problema técnico extremamente difícil. Enquanto a Indústrias Choren explora seu método químico, os britânicos se lembraram de um velho pesadelo do seu
litoral: o gribble, uma espécie de cupim marinho.

O gribble de quatro pontos (Limnoria quadripunctata) é um pequeno crustáceo devorador de madeira. Ele é conhecido no norte da Europa há séculos por seus estragos na quilha dos barcos, e mais ainda na Inglaterra por ter comido o cais vitoriano de Swanage. Simon McQueen-Mason, da Universidade de York, identificou as enzimas (catalisadores biológicos) que digerem a madeira no estômago do crustáceo. "Temos encontrado enzimas para digerir a celulose nunca vistas", disse o cientista. "Falta ver se podemos adaptá-las a objetivos industriais".

McQueen-Mason coordena o programa de pesquisa sobre o gribble no novo Centro de Bioenergia Sustentável do Reino Unido. Com uma verba de 27 milhões de libras, o centro é o maior investimento britânico em biocombustíveis. Seus seis programas perseguem um objetivo muito definido: a produção industrial de bioetanol, a partir da palha.

Incluem o desenvolvimento de uma cevada modificada de uma forma que ainda não foi durante dez mil anos de agricultura: para que seja mais energética. Outros laboratórios trabalham com microorganismos que produzem o atual bioetanol primário a partir de cultivos. Querem criar variações adaptadas a usar palha em vez de grãos.

O pioneiro da genômica no setor privado, Craig Venter, tem planos mais ambiciosos para as bactérias. Ele criou sua nova empresa, Synthetic Genomics, em torno do conceito de vida sintética: um genoma bacteriano que poderá ser feito a partir do zero, acrescentando uma a uma as funções desejadas e combinando-as como quiser. Um dos grandes planos de Venter é usar esta vida sintética para produzir biocombustível. Ou, simplesmente, combustível.

Javier Sampedro - Em Madrid
Tradução: Eloise de Vylder

fonte:http://www.biodieselbr.com/noticias/em-foco/energia-limpa-futuro-residuos-23-03-09.htm

3 de dezembro de 2010

Veja dicas para economizar energia durante o verão

Nesta época do ano, população utiliza mais aparelhos de refrigeração para amenizar o calor; expectativa da Celpe é o consumo cresça 14% em comparação com julho passado

A elevação da temperatura e o aumento no consumo de energia elétrica estão intimamente relacionados. Os consumidores pernambucanos sentem na pele os efeitos do verão. A previsão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) é de que o mês de dezembro apresente uma evolução de 14% na energia consumida em comparação com julho passado, mês de menor consumo de 2010.

A variação é justificada pela mudança de hábito da população, que para amenizar o calor utilizam mais aparelhos de refrigeração. Os próprios equipamentos como geladeiras e condicionadores de ar apresentam aumento de desempenho para compensar a alteração climática.

De acordo com a Celpe, cada um grau centígrado de elevação na temperatura ambiental implica em um aumento aproximado de 3% no consumo mensal de energia elétrica. O fim do ano ainda reserva outra fonte de gastos com eletricidade. Além do natural aumento em decorrência do clima mais quente, a tradicional iluminação natalina contribui com a elevação de quilowatts consumidos na maioria das residências e comércios.

COM OS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Para se precaver de surpresas ao conferir a conta de energia, saiba que os maiores responsáveis pela alta de consumo em uma residência durante o verão são os equipamentos que se referem à temperatura. Ar-condicionados, chuveiros, ferros elétricos, fornos e até refrigeradores mal vedados podem representar surpresas no fim do mês.

Os climatizadores e condicionadores de ar só devem ser ligados quando inevitável. A manutenção e limpeza constantes desses aparelhos, além de constituírem hábitos de higiene, contribuem para um funcionamento econômico.

COM A SUJEIRA
A sujeira acumulada dificulta a passagem do ar e força o equipamento. Isso provoca aumento do consumo de energia. A utilização do timer (temporizador) para evitar o funcionamento desnecessário do aparelho de ar condicionado ajuda na economia. Após refrigerado o ambiente, o usuário pode recorrer a ventiladores para evitar o calor.

COM A GELADEIRA
As geladeiras também podem se tornar vilãs. Quando em mau estado, elas chegam a representar 30% do consumo de uma residência. Uma dica de cuidado e economia é que freezer e geladeiras devem ser instalados em locais ventilados, longe de qualquer fonte de calor e com espaço mínimo de 15 centímetros de paredes e armários. Outra orientação é observar periodicamente a borracha de vedação que, uma vez ressecada, é causa de um dos maiores desperdícios de energia.

COM O CHUVEIRO
No caso do chuveiro, por exemplo, o recomendável é colocá-lo na posição verão. Quanto mais baixa a temperatura da água, menor o consumo de energia. Os fornos e os ferros elétricos somente devem ser usados quando necessário. É importante otimizar seus funcionamentos para aproveitar o calor, evitando desligar e reaquecer o equipamento com frequência.

COM O CHURRASCO
Em churrascos, a melhor opção é substituir os itens elétricos - churrasqueiras e grelhas - por modelos a carvão ou a gás. O uso de aparelhos de som em alto volume resulta em maior gasto de energia. Para obter uma iluminação eficiente, as lâmpadas incandescentes devem ser substituídas pelas fluorescentes. Além de iluminarem melhor, economizam cerca de 40% de energia elétrica e chegam a durar oito vezes mais que as comuns.

COM A DECORAÇÃO DE NATAL
Sobre iluminação natalina, uma dica especial para o fim de ano. Com a decoração de Natal e Réveillon, as luzes e os conhecidos “piscas-piscas” são utilizados na maioria das unidades consumidoras. Atenção para as instalações.

COM AS TOMADAS
Não se deve sobrecarregar tomadas com benjamins e “T”s a fim de ligar as lâmpadas de Natal na mesma conexão de televisores e aparelhos de som, por exemplo. No caso de decoração externa, é necessário dimensionar a rede para receber a demanda extra de energia. Um bom eletricista executa o trabalho com tranqüilidade. O cuidado e a economia de energia não devem ser desconsiderados nessa época.

NA HORA DA COMPRA
Por fim, mais uma dica: atenção no momento da aquisição de eletrodomésticos. É importante optar por produtos que apresentam o Selo Procel – que indicam os aparelhos mais eficientes e que consomem menos energia.

fonte: http://pe360graus.globo.com/noticias/cidades/energia/2010/12/02/NWS,525348,4,254,NOTICIAS,766-VEJA-DICAS-ECONOMIZAR-ENERGIA-DURANTE-VERAO.aspx

2 de dezembro de 2010

Energia limpa com dejetos de suínos


Um projeto piloto no Estado (de Santa Catarina). Os produtores rurais Nelson Pasqual e Maria Salete Pasqual, do município de Videira, na região Meio-Oeste, serão os primeiros catarinenses a vender energia elétrica produzida a partir da fermentação de dejetos de suínos.

Isso deve ocorrer a partir de janeiro de 2011. Por enquanto, toda a energia produzida é utilizada nas quatro granjas da família. A iniciativa está gerando uma economia e deve trazer lucros no futuro. Um contrato já foi assinado com as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) para a comercialização do excedente, que poderá abastecer até 1,2 mil residências.

A venda pode garantir um ganho entre R$ 18 e R$ 25 mil mensais à família. Além disso, trará benefícios ao meio ambiente com a diminuição de emissão do gás metano na superfície.

Quesitos que devem compensar o investimento de mais de R$ 3,5 milhões. Os equipamentos comprados com este dinheiro também garantiram à Granja São Roque o posto de terceira do país a ter autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para comercialização deste tipo de energia.

Segundo Nelson, a energia é gerada a partir de dejetos de 47 mil suínos. Tudo vai para uma central de fermentação. O gás resultante desse processo, o metano, é canalizado para alimentar os geradores.

- Todo esse gás era eliminado na natureza e provocava a destruição da camada de ozônio. Agora, com a produção de energia, teremos um retorno imediato.

Mudança de destino dos dejetos que fará bem também para a Celesc, que incentiva a produção de energia limpa no Estado. O projeto está sendo usado como modelo pela empresa e deverá servir de base para outros produtores interessados.

O engenheiro eletricista da Celesc Geração, André Milanezi, explica que a empresa pretende lançar outros leilões para compra de energia limpa. Foi por um processo como esse que os quilowatts gerados na Granja São Roque poderão ser distribuídos para qualquer parte do país.

- Como a energia é de fontes alternativas, existem incentivos do Governo do Estado. A empresa que comprar essa produção, por exemplo, poderá ter subsídios – revela.

Só que, para chegar ao patamar que a Granja São Roque atingiu, foram necessários seis anos de estudos de viabilidade e de investimento. Todo o processo para produção da energia a partir dos dejetos de suínos começou a sair do papel em 2004. Neste período, foram realizados ajustes necessários à prática.

Para o bem

Para se ter uma ideia da importância do projeto, os dejetos de suínos do plantel catarinense, que é o maior do país, têm um potencial de poluição equivalente ao de 24 milhões de pessoas.

Pesquisas apontam que o principal problema ambiental é que os dejetos são muito ricos em fósforo, o principal nutriente das chamadas algas azuis, um tipo de floração que contamina e deteriora a água, e que pode causar sérios problemas à saúde de pessoas e de animais. Há, ainda, a questão do metano, que é o gás exalado pelo material orgânico e que provoca danos na atmosfera.


Fonte: Blog do Meio-Oeste

1 de dezembro de 2010

Brasil pode ter energia 93% renovável até 2050, diz relatório

Greenpeace e Conselho Europeu de Energia Renovável fizeram documento. Para órgãos, Brasil deve substituir termelétricas movidas a fontes fósseis

O Greenpeace e o Conselho Europeu de Energia Renovável (Erec, na sigla em inglês) afirmam em relatório que o Brasil tem condições de possuir uma matriz energética 93% renovável até 2050. Segundo o documento, atualmente a matriz elétrica nacional é 88% renovável, podendo subir 5 pontos percentuais nos próximos 40 anos caso fontes como energia eólica, biomassa e hidrelétrica sejam priorizadas.

O texto foi apresentado nesta terça-feira (30) durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), realizada em Cancún, no México. Para o responsáveis pelo relatório "[R]evolução Energética - A caminho do desenvolvimento limpo", é possível eliminar, em 40 anos, todas as termelétricas movidas a óleo diesel, carvão e material nuclear no Brasil, além de diminuir a participação das que operam com gás natural.

O Greenpeace também afirma que a matriz renovável poderia crescer sem alterar o PIB brasileiro e representando uma economia de R$ 1 trilhão entre 2010 e 2050, na comparação com o cenário de referência, com uso de fontes fósseis e baseado nos planos do governo para o período.

A emissão de dióxido de carbono também cairia na estimativa com fontes renováveis, chegando a 23 milhões de toneladas de CO2 em 2050. Na comparação com o cenário de referência, daqui a 40 anos, o mundo despejará 143 milhões de toneladas. A queda é apontada pelo documento como resultado da substituição das termelétricas por parques com usinas renováveis.

Entre os investimentos previstos e projetos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o setor, 14 mil megawatts (MW) serão gerados a partir de fontes fósseis nos próximos anos, segundo o relatório.

Para o Greenpeace, o objetivo do uso de fontes renováveis é o de evitar o aumento de 2ºC na temperatura média mundial na comparação com os níveis antes da Revolução Industrial, no século 18.

fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/brasil-pode-ter-energia-93-renovavel-ate-2050-diz-relatorio.html