Espaço para difusão de informações sobre energia renovável em pequena escala e eficiência energética para uso doméstico.



22 de dezembro de 2011

Google anuncia investimento de 94 milhões na energia solar

Google anuncia investimento de 94 milhões na energia solar


A Google anunciou que investiu 94 milhões de dólares (71,8 milhões de euros) em quatro projectos de energia solar fotovoltaica em Sacramento, na Califórnia. O seu pacote de investimentos em energias “limpas” ascende agora aos 915 milhões de dólares (698 milhões de euros).
Este é o primeiro investimento da Google em centrais fotovoltaicas a larga escala nos Estados Unidos, que contribuirão com energia para a rede eléctrica. Até agora, a empresa dedicou-se a financiar a instalação de painéis solares nos telhados de cerca de dez mil pessoas. Segundo a Google, estes têm uma capacidade total de 88 megawatts (MW).

As centrais fotovoltaicas serão construídas pela empresa Recurrent Energy.

“Acreditamos que faz sentido investir no sector das energias renováveis e esperamos que os projectos de energias ‘limpas’ continuem a atrair novas fontes de financiamento para ajudar o mundo a tornar-se mais sustentável”, escreve o responsável pela Tesouraria da empresa, Axel Martinez.

FONTE: http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1526099, em 22/12/11

20 de dezembro de 2011

Projeto cria plano para estimular produção de energia limpa

Segundo a Agência Câmara de Notícias, tramita na Câmara o Projeto de Lei 2117/11, do deputado Penna (PV-SP), que institui o Plano de Desenvolvimento Energético Integrado e o Fundo de Energias Alternativas. O fundo servirá para financiar parte das ações do plano. Dentre os objetivos da medida consta a integração da União, dos estados e dos municípios, com a participação da iniciativa privada, para promover o aumento da produção de biogás, biodiesel e de energia elétrica proveniente de fontes renováveis. O projeto visa ainda à elevação da eficiência na utilização das diversas formas de energia; e à geração de empregos.

Como propósitos específicos do plano, o texto prevê, por exemplo, a substituição gradativa dos combustíveis fósseis por renováveis em frotas de transporte coletivo e de veículos oficiais, assim como a inserção dos municípios no planejamento energético.

Outra previsão do plano é a realização do levantamento dos recursos energéticos e seus potenciais mercados no âmbito dos estados e dos municípios, no que se refere às fontes hídrica; eólica; biomassa de origem agrícola; biodiesel produzido a partir de escuma de esgoto e outros resíduos; biogás e energia elétrica gerados a partir de aterros sanitários; e energia solar fotovoltaica e termossolar.

Há ainda, entre diversos outros pontos, a previsão da implantação de centros de pesquisa para o desenvolvimento e capacitação profissional dedicados aos biocombustíveis e às fontes alternativas renováveis de energia.

Fundo
Além de recursos orçamentários próprios, o Fundo de Energias Alternativas deverá contar com os lucros da comercialização de créditos de carbono decorrente de ações do plano.

Destinam-se também à sua formação 30% da compensação financeira paga a estados, municípios, Distrito Federal e órgãos da administração direta da União por empresas que exploram recursos hídricos. A compensação corresponde a 6% do valor da energia produzida.

Devem ser destinados ainda ao fundo 15% dos recursos da Reserva Global de Reversão, formada por 3% dos investimentos anuais das concessionárias de energia elétrica.

Penna argumenta que a utilização de energia é uma das atividades que mais contribui para a geração de gases poluidores, principalmente os relacionados a alterações climáticas. De acordo com ele, “as medidas propostas contribuirão decisivamente para a promoção do desenvolvimento sustentável do País”.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

19 de dezembro de 2011

Energia dos Ventos: uma ótima opção

A energia cinética do vento também é uma fonte de energia e pode ser transformada em energia mecânica e eléctrica. Um barco á vela usa a energia dos ventos para se deslocar na água. Esta é uma forma de produzir força através do vento.

Durante muitos anos, os agricultores serviram-se da energia eólica para bombear água dos furos usando moinhos de vento. O vento também é usado para girar a mó dos moinhos transformando o milho em farinha. Actualmente o vento é usado para produzir electricidade.
O vento forte pode rodar as lâminas de uma turbina adaptada para o vento (em vez do vapor ou da água é o vento que faz girar a turbina). A ventoinha da turbina está ligada a um eixo central que contém em cima um fuso rotativo. Este eixo chega até uma caixa de transmissão onde a velocidade de rotação é aumentada. O gerador ligado ao transmissor produz energia eléctrica.


A turbina tem um sistema de abrandamento para o caso do vento se tornar muito forte, impedindo assim a rotação demasiado rápida da ventoinha.

Um dos problemas deste sistema de produção eléctrica é que o vento não sopra com intensidade todo o ano, ele é mais intenso no verão quando o ar se movimenta do interior quente para o litoral mais fresco. Outro entrave é o facto do vento ter que atingir uma velocidade superior a 20 km/hora para girar a turbina suficientemente rápido.

Cada turbina produz entre 50 a 300 kilowatts de energia eléctrica. Com 1000 watts podemos acender 10 lâmpadas de 100 watts; assim, 300 kilowatts acendem 3000 lâmpadas de 100 watts cada.

Cerca de 30% da electricidade produzida a partir do vento é criada na Califórnia. A Dinamarca e Alemanha também são grandes exploradores da energia eólica.

Mas uma vez produzida a electricidade é necessário conduzi-la até ás casas, escolas e fábricas. O sistema de transmissão eléctrica é explicado no próximo capítulo.

Revisão da matéria dada

1. A energia eólica pode ser transformada.
2. Durante muitos anos o vento era usado para deslocar os barcos á vela ou nos moinhos de vento para bombear a água dos poços.
3. As turbinas de vento são usadas actualmente para produzir energia eléctrica.
4. O vento gira as lâminas largas da turbina que accionam os geradores produzindo electricidade.

18 de dezembro de 2011

Adoção do carro elétrico em larga escala exigiria a construção de cinco usinas hidrelétricas como Belo Monte

Estudo da Andrade & Canellas mostra que esse seria o incremento necessário no parque gerador brasileiro para absorver o aumento de consumo caso a frota existente hoje fosse substituída por veículos movidos a eletricidade
As mudanças climáticas têm gerado uma preocupação crescente em relação às emissões de gases de efeito estufa (GEE). Nesse cenário, a substituição dos carros utilizados hoje por equivalentes movidos a eletricidade é vista como uma alternativa bastante atraente para redução das emissões de poluentes. Mas o que muitos ignoram é que tal mudança pode representar um acréscimo significativo na demanda por energia elétrica. Segundo cálculos da consultoria Andrade & Canellas, a substituição dos veículos hoje em circulação no Brasil por modelos elétricos exigiria que o parque gerador brasileiro produzisse mais 190.108 GWh por ano. Ou seja, para que o sistema elétrico nacional gerasse energia suficiente para abastecer toda a frota atual de veículos leves movidos a gasolina ou etanol, seria preciso construir cinco usinas hidrelétricas como a de Belo Monte ou três usinas como a de Itaipu.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o Brasil possui, hoje, cerca de 39 milhões de veículos leves emplacados. Cada um deles consome, em média, 1,4 toneladas equivalentes de petróleo (tep) por ano, o que resulta num gasto total de 54 milhões de tep pela frota de automóveis leves. Esse volume se deve, em parte, ao desempenho dos motores a combustão interna, que trabalham com níveis de eficiência médios de apenas 27%.
Os motores elétricos apresentam níveis de eficiência superiores, da ordem de 90%. Assim, se toda a frota for convertida para automóveis que utilizam eletricidade, o consumo total cairia para pouco mais de 16 milhões de tep por ano, o que equivale a 190.108 GWh. Mas, apesar da redução no volume de energia utilizada, o montante representa uma quantidade significativa. Só para se ter ideia, a usina de Itaipu produziu cerca de 71.744 GWh no último ano, ou seja, pouco mais de um terço do total que seria gasto pelos carros elétricos. A usina de Belo Monte, quando estiver operando plenamente, deve gerar por volta de 39.360 GWh por ano, valor cinco vezes menor do que a nova demanda.
“Em princípio, os veículos elétricos são opções interessantes para descarbonização da matriz de transportes. Mas é preciso atenção porque a eletricidade para abastecê-los terá de ser produzida de alguma forma, o que exigirá investimentos significativos no parque gerador e na infraestrutura de transmissão e distribuição”, afirma a gerente do Núcleo de Energia Térmica e Fontes Alternativas da Andrade & Canellas, Monica Rodrigues de Souza.
A especialista lembra que, além dos impactos ambientais de cada uma das fontes de energia – sejam elas fósseis ou renováveis –, é preciso considerar algumas questões econômicas. “O Brasil deve ampliar de maneira muito consistente a produção de petróleo nos próximos anos. Diante desse fato e da disponibilidade de etanol a custo competitivo no país, a questão do carro elétrico precisa ser avaliada de maneira ampla, não apenas como uma panaceia que resolverá todo o problema da mudança climática”, conclui Monica.

13 de dezembro de 2011

10 DICAS DE ECONOMIA DE ELECTRICIDADE E GÁS.

1. Troque as lâmpadas incandescentes

Substitua as lâmpadas incandescentes e as de halogéneo. Com uma utilização média de cinco horas diárias, recupera o investimento em menos de seis meses, segundo os dados da TerraSystemics, consultora perita em Energia e Gestão de Carbono. De acordo com a Quercus, a troca por lâmpadas economizadoras permite que uma família poupe 2,1% no consumo de electricidade, ou seja, 84 quilowatts por hora (kWh) e 11 euros por ano.

A eficácia das lâmpadas fluorescentes tubulares é muito maior do que as incandescentes, pois produzem menos calor e a electricidade destina-se mais à obtenção de luz. São mais caras, mas consomem até menos 80%. As lâmpadas de baixo consumo são pequenos tubos fluorescentes adaptados a vários tamanhos, formas e suportes das mais comuns e a sua poupança permite amortizar o investimento antes de terminar o tempo de vida útil (entre 8 mil e 10 mil horas).

Não são recomendáveis para sítios onde se acenda e apague muitas vezes a luz, porque este comportamento reduz significativamente a sua vida útil.

2. Acabou-se o “Standby”

O termo “standby” é empregue quando os aparelhos consomem energia sem que estejam a desempenhar a sua função. É fundamental desligar completamente televisões, computadores, DVD, carregadores de telemóveis, ou qualquer outro aparelho. A Agência Internacional de Energia, estima que o “standby” seja responsável por 5% da electricidade consumida numa habitação.

A Quercus simulou duas situações. A primeira é constituída por uma família que não faz nada para anular os consumos do “standby”: nunca desliga verdadeiramente a televisão, o DVD a aparelhagem, o computador, a impressora e o carregador de telemóvel. Ao fazê-lo, poupa 287,2 kWh e ano, ou seja 38,75 euros anuais. O segundo agregado já tem alguma sensibilidade ambiental para o consumo de energia e desliga, na ficha múltipla com corte de corrente, o DVD e a aparelhagem.

A televisão, o computador e a Power Box ficam em “standby”. Desligando-os, poupa 193 kWh por ano, menos 4,8% na factura de electricidade, ou seja, menos 26 euros por ano.

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3. Divida o consumo pelo tempo

Com a tarifa bi-horária, paga quase metade do preço normal se utilizar os electrodomésticos nas horas do vazio, regra geral, entre as 22 e as 8 horas. Coloque as máquinas de lavar a trabalhar nesse período, bem como o ferro de engomar. Segundo os peritos da Quercus, uma família que tenha uma conta de electricidade de 540 euros por ano (45 euros por mês) e de gás natural de 300 euros anuais (25 euros por mês), consome em média 4 mil kW por ano.

Com a tarifa bi-horária, transfere parte dos consumos para a noite e fim-de-semana, sendo que o aquecimento e o arrefecimento à noite também entram na tarifa mais baixa. Consumir 40% da energia da sua casa na tarifa mais económica permite-lhe poupar 67 euros por ano.

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4. Electrodomésticos classe A

Opte por electrodomésticos de classe energética A, A+ ou A++. Uma máquina de lavar roupa antiga a funcionar pode ser um rombo na carteira. Segundo a Quercus, se a trocar por uma nova, da classe A ou superior, pode poupar 420 kWh, isto é, 56,70 euros por ano. Com o frigorífico ou arca congeladora, é igual. Trocando o seu modelo antigo por um energeticamente mais eficiente (A+ e A++), além de poupar nos kWh por ano, também poupa nos custos: 47,2 euros.

Algumas famílias compram um frigorífico novo, mas não se desfazem do antigo, que fica ligado num anexo ou garagem da casa. Com este acto, “deita fora” 50 euros por ano. Cerca de 32% da electricidade consumida nas habitações portuguesas destina-se à refrigeração e congelação dos alimentos, segundo o Guia da Eficiência Energética da Adene. Um frigorífico classe A++ consome 2.956 kWh em 15 anos, o que equivale a 325 euros. Se tiver um da classe C, consome 8.130 kWh, ou seja, 705 euros.

Um electrodoméstico da G traduz-se num consumo de 12.319 kWh, ou seja, 1.355 euros. Optando pelo primeiro equipamento, poupa 569 euros em relação ao segundo e 1.030 euros em relação ao terceiro. As causas para a perda de frio devem-se ao mau isolamento (68%), aos alimentos (13%), à junta da porta (8%), às aberturas (7%) e a outros aspectos (4%).

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5. Economize o seu frigorífico

Coloque o frigorífico num local fresco e ventilado, afastado de possíveis fontes de calor, radiação solar ou do forno. Limpe a parte traseira, pelo menos, uma vez por ano e descongele antes que a camada de gelo atinja os 3 milímetros de espessura. Com esta atitude, pode poupar até 30% no consumo. Deixe arrefecer os alimentos antes de os colocar no frigorífico.

Ajuste o termóstato para manter a temperatura de 5ºC no compartimento do frigorífico e -18ºc no congelador. Segundo os especialistas da Quercus, se abrir e fechar a porta muitas vezes, aumenta o consumo energético em 20%.

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6. Louça suja até encher a máquina

Cerca de 90% do consumo das máquinas de lavar louça serve para aquecer a água, segundo o Guia da Eficiência Energética. Um electrodoméstico de classe A consome 2.544 kWh em 10 anos, o que corresponde a 280 euros. Outro da classe C consome 3.240 kWh nesse período e aumenta os gastos para 356 euros numa década.

A pior classe energética dispara para 4.920 kWh e 541 euros. Optar pela melhor etiqueta energética permite-lhe poupar entre 76 e 261 euros. A capacidade da máquina deverá ser coerente com as suas necessidades. Procure utilizá-la quando estiver completamente cheia, mas se tiver apenas meia carga, utilize programas curtos ou económicos.

Limpe frequentemente o filtro, porque uma boa manutenção melhora o comportamento energético. Mantenha os depósitos de abrilhantador e sal sempre cheios, pois reduzem o consumo de energia na lavagem e secagem

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7. Sonda de água para lavar roupa

A maior parte da energia consumida pelas máquinas de lavar roupa (entre 80% e 85%) é utilizada para aquecer água, pelo que deve recorrer a programas de baixas temperaturas. Existem no mercado máquinas bitérmicas, com duas entradas de água independentes, uma para a água fria outra para a quente, mas estão pouco difundidas.

Utilizam o sistema de produção de águas quentes da casa, permitindo poupar 25% no tempo de lavagem, segundo os peritos da Adene. Opte por máquinas com etiqueta de classe A, aproveite ao máximo a sua capacidade e faça programas com cargas completas. As máquinas que têm uma sonda para medir a sujidade não renovam a água enquanto não for necessário.

Utilize programas de baixas temperaturas e o calor do Sol para secar roupa. Consome menos energia centrifugando do que utilizando uma máquina de secar roupa. Limpe regularmente as impurezas do filtro da e utilize produtos anti-calcário. Se tiver contratado a tarifa bi-horária, procure fazer máquinas apenas no período nocturno.

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8. Centrifugar antes de secar

As máquinas de secar roupa dão jeito para Invernos chuvosos, mas são dos maiores consumidores de energia que pode ter lá em casa. A sua utilização deve restringir-se a situações em que as condições climatéricas não permitem a secagem da roupa ao Sol. Centrifugue a roupa antes de utilizar a máquina de secar.

Depois de uma centrifugação a mil rotações por minuto, existe um remanescente de humidade de 60%. Se a carga da máquina for de 6 quilogramas (kg) de algodão, no final, contém cerca de 3,5 litros de água a eliminar pela secagem. Centrifugando a roupa ao máximo, poupa energia durante a secagem. Esta pode ser feita por extracção, o que segundo os peritos da Adene é ineficiente, ou por condensação. Na primeira, o ar aquecido e húmido é expulso para o exterior, enquanto que na segunda é utilizado um circuito que elimina a água.

O controlo pode ser feito através de um sensor de humidade, que termina o processo quando é atingido o valor desejada pelo utilizador. Não seque roupa de algodão misturada com roupa pesada, limpe o filtro da máquina frequentemente e inspecione a saída de ventilação, para que não obstrua. Utilize o sensor de humidade para evitar que a roupa seque excessivamente. Se o seu equipamento tiver o programa “passar a ferro”, que não seca a roupa completamente, utilize-o.

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9. Porta do forno bem fechada

Cada vez que abre a porta do forno desperdiça 20% de energia, dizem os especialistas da Quercus. Os fornos a gás são energeticamente mais eficientes do que os eléctricos, apesar de estes terem etiquetas energéticas que identificam os aparelhos mais eficientes. Se optar pelos eléctricos, procure um de classe A: consumirá menos de metade do que um classe G.

Aproveite ao máximo a capacidade do forno e cozinhe o maior número de alimentos possível de uma só vez. Regra geral, não é preciso pré-aquecer o forno para cozinhados com duração superior a uma hora. Apague-o um pouco antes de acabar de cozinhar, pois o calor residual será suficiente para acabar o processo. Os fornos com ventilação interna favorecem a distribuição uniforme de calor, poupam tempo e gastam menos energia.

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10. Placas de indução mais rápidas

As placas do fogão podem ser a gás ou eléctricas. Estas dividem-se em placas de resistências convencionais, do tipo vitrocerâmico, ou de indução. As de indução aquecem os alimentos ao gerarem campos magnéticos e são mais rápidas e eficientes do que as eléctricas. Segundo os especialistas da Adene, ao utilizarmos uma panela aberta com um fundo que difunde mal o calor numa placa eléctrica, precisa de 850 watts para manter em ebulição 1,5 litros de água. Numa panela com um fundo que difunda bem o calor, requer apenas 150 watts.


Mais 10 dicas você encontra nesta fonte:

http://www.portal-energia.com/dicas-para-poupar-dinheiro-no-consumo-de-electricidade-e-gas/

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11 de dezembro de 2011

Microlâmpadas de plasma superam eficiência dos LEDs

A ideia quase ingênua de um aluno parece ter sido o suficiente para que engenheiros inventassem um novo sistema de iluminação.

Segundo eles, a tecnologia de microplasma produz um novo tipo de lâmpada que é mais eficiente do que tudo o que se conhece até agora, incluindo as lâmpadas fluorescentes compactas e até os LEDs.

"O estudante se aproximou de mim com um pedaço de silício e me perguntou, literalmente, 'Você se importa se eu fizer um pequeno furo nesta placa e tentar produzir um plasma dentro do buraco?'," conta o Dr. Gary Eden, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

Pouco depois, o estudante tinha um plasma dentro de um furo com apenas 400 micrômetros de diâmetro - o precursor da tecnologia que ele e seu agora colega Sung-Jin Park estão tentando comercializar, depois de mais de uma década de aperfeiçoamentos.

Inicialmente a luz emitida era adequada apenas para aplicações médicas. Alguns anos depois, as microlâmpadas de plasma já brilhavam em luz visível, superando as lâmpadas incandescentes.

Agora elas parecem ter superado tudo o que se conhece em termos de iluminação.

O plasma, um gás ionizado, frequentemente chamado de quarto estado da matéria, já é utilizado nas lâmpadas fluorescentes e está saindo de moda nas telas de TV, onde está sendo substituído pelos LEDs - os pesquisadores chegaram a demonstrar que sua tecnologia é superior à das telas de plasma no mercado, mas eles parecem ter perdido o "timing" da indústria.

A chave para o desenvolvimento está na relação entre diâmetro e pressão, essencial para se obter plasmas estáveis.

Nos minúsculos furos, feitos em placas de alumínio, a pressão do plasma é muito alta, fazendo com que ele consuma menos energia e aqueça menos a estrutura, ainda assim produzindo luz de alta qualidade - enquanto as telas de plasma das TVs são conhecidas por seu aquecimento e alto consumo de energia, as lâmpadas de microplasma geram menos calor do que os LEDs.

Os protótipos até agora desenvolvidos medem 15 x 15 centímetros, por 4 milímetros de espessura, incluindo o vidro para prender o plasma nos microfuros e revestimentos poliméricos extras de proteção contra quebra.

Essas pequenas placas têm 250 mil furos, o que faz com que elas brilhem por inteiro - ao contrário de um refletor de LED, onde você vê as pequenas lâmpadas de estado sólido lado a lado.

As lâmpadas fluorescentes também geram luz por plasma, mas perdem eficiência por causa de seu formato em 360 graus. A lâmpada de microplasma, que é direcional, compara-se a uma lâmpada fluorescente de 80 lumens por watt, mesmo tendo apenas 35 lumens por watt.

Além da vantagem de não conter mercúrio, o alumínio, plástico e vidro usados em sua construção são totalmente recicláveis.

Quando elas chegarão ao comércio? A depender dos pesquisadores, que já fundaram sua empresa - a Eden Park Illumination - para comercializá-las, muito brevemente.

Mas eles terão antes que vencer a difícil etapa de convencer a indústria a fabricar suas microlâmpadas de plasma em grandes volumes para que elas atinjam um custo compatível com a concorrência.


(Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br)

Principais Fontes de Energia

Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por outro lado, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo racional.

Abaixo seguem as principais fontes de energia encontradas no mundo atualmente:

· Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

· Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

· Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

· Energia de biomassa – é a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia.

· Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

· Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

· Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.


· Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta será uma das principais fontes de energia do planeta.

Nova bateria pretende evitar desperdícios de energia


A criação de uma nova bateria chamada de “One=Two” pretende extrair a última gota de energia contida na pilha. É o que garante os seus criadores, os designers Huang Kun, Meng Xun, He Ting e Liu Yuan.

A ideia foi divulgada no site Yanko Design e traz uma nova concepção de baterias. Com design que empresta a forma e a função de uma mola mecânica, seu volume pode ser comprimido quando o nível de carga abaixar.

A invenção funciona de forma simples. Quando a bateria gastar toda energia a ponto de não ser mais capaz de alimentar algum dispositivo eletrônico, ela será colocada em um compartimento que irá pressioná-la até que toda carga “escondida” seja utilizada. Duas baterias poderão ser usadas como uma, o que permitirá uma utilização mais completa da energia restante nas duas baterias.

Para criar as baterias os designers utilizaram o processo semelhante ao de espremer laranjas no intuito de obter todo o suco da fruta. A partir desse conceito, o novo produto visa extrair a energia que ainda fica armazenada nas baterias, o que irá obter total aproveitamento e evitar maiores desperdícios.



Apesar da nova proposta, o site Yanko Design (www.yankodesign.com) questiona se vale à pena produzir essas pilhas descartáveis em prol de um tempo maior de carga.

A invenção foi uma das vencedoras em 2011 do prêmio “Red Dot Award” no conceito de design.

(Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/dezembro/nova-bateria-pretende-evitar-desperdicios-de#ixzz1gERslBUq)

6 de dezembro de 2011

Brasil sob o olhar Internacional

Quinta-feira da semana passada, dia 1º, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reuniu-se com com a Diretora-Executiva da Agência Internacional de Energia (AIE), Maria Van der Hoeven.

Maria ficou impressionada com a competitividade das fontes de energia renováveis no Brasil, especialmente a eólica, pois no último leilão de energia realizado, fixou-se um preço mais competitivo que o gás natural. Chegou a destacar que são preços "impensáveis na Europa".

Por fim, Maria reafirmou a posição estratégica e de destaque do Brasil no cenário energético mundial, principalmente pelas fontes renováveis. Defendeu inclusive a construção da Usina Belo Monte, que tem sido fruto de muita polêmica por aqui.

fonte: http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2011/12/energias-renovaveis-brasil-na-mao-certa/15799


23 de novembro de 2011

Para entender a disputa!

Por quê os debates sobre energia movimentam tanto o governo e empresários?

De tempos em tempos o Governo Federal do Brasil faz leilão para venda de Energia. Usinas e empresas que produzem energia entram na disputa para ter a licença de produzir e vender energia - seja ela qual for a sua origem, como o carvão ou a eólica, por exemplo.

Estamos no processo de leilão de energia, e os atores (governo, empresas, ONGs, investidores...) estão se articulando para conquistar seu espaço. Nesse embate, é interessante verificar a atuação dos investidores.

Os investidores realizam projetos desde muito cedo, e esperam o leilão. Se ganharem, aplicarão seus recursos para a construção/ampliação de suas usinas/matrizes, pois terão a certeza que terão seu produto (energia elétrica) será vendido. O Ministério de Minas e Energia  (MME) está preparando este próximo leilão.

As Diretrizes para o Leilão de 2012, estão disponíveis no site do MME!


A escolha das vencedoras depende de muitos fatores, entre eles o preço, destinação de resíduos, origem da energia e desenvolvimento sustentável. Os projetos deverão estar de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Política Enérgética (CNPE), e nela há a necessidade de reduzir as emissões de Carbono. Será que os atores do Carvão vão conseguir se mobilizar a tal ponto de construir bons projetos que reduzam as emissões? As cartas estão na mesa, e o jogo recém começou.

16 de novembro de 2011

Carvão em Debate!

Amanhã, quinta-feira, dia 17/11/2011, haverá a votação no CONSEMA-RS sobre a proposta de redação de uma RESOLUÇÃO que tratará dos limites de emissões de gases das usinas termoelétricas. Se aprovado, o setor do carvão terá mais chances de concorrer ao leilão do governo de energia para o ano de 2012, previsto para ocorrer em dezembro deste ano.

Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia do RS, afirma que "o Brasil assumiu o compromisso de determinado nível de emissões de CO2 com o qual quer trabalhar e com isso temos restrições para ampliação do parque térmico a carvão", mas também admitiu que a energia provinda do carvão é importante para o país.

Ambientalistas defendem a suspensão imediata do uso desse tipo de energia, mas os investidores afirmam que, com mais investimentos, é possível desenvolver tecnologias que minimizem a emissão de gases e, consequentemente, a poluição. O setor se mexeu em 2011, e prepara relatórios detalhados sobre essas emissões para novos empreendimentos com tecnologia avançada.


O importante é que se chegue a um consenso sobre as emissões, não expondo uma possível falta de energia, nem aumentando em demasia os poluentes. Um fato é certo: o Brasil só melhorará sua matriz energética (qualidade e quantidade) com novos e bons investimentos.

10 de novembro de 2011

DESAFIO MUNDIAL 2035

A Agência Internacional de Energia (IEA) alertou que em 25 anos o consumo de energia no mundo aumentará em aproximadamente 30%.

É assustador, e é um desafio. Este prognóstico está no Relatório lançado ontem, em Londres, disponível em: http://www.worldenergyoutlook.org/docs/weo2011/russian_report.pdf

Ressalta também que, com os recentes problemas com a energia nuclear no Japão, a tendência mundial é a diminuição do uso desse tipo de energia em detrimento de energias mais sustentáveis. O Carvão, que tem sido usado em grande escala - sobretudo na China -, também está no alvo.



A IEA estimula, portanto, os governos  a aproveitarem o crescimento econômico mundial para acelerarem o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem a geração de Energias Renováveis, Limpas e Sustentáveis.

Fontes:
http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/consumo-global-de-energia-vai-crescer-30-em-25-anos
http://www.iea.org/
http://www.worldenergyoutlook.org/docs/weo2011/russian_report.pdf

1 de novembro de 2011

2012: o ano da REVIRAVOLTA!

Não vai ser o fim do mundo. 2012 tem tudo para ser o ano da reviravolta, da grande conscientização.

Depois dos alarmes feitos pela Rede de Conhecimento ONU - Energia, a ONU estabeleceu algumas metas até 2030, que terá apoio de grandes líderes mundiais:

- Assegurar acesso universal a serviços modernos de energia;


- Dobrar a taxa de eficiência energética global;


- Dobrar o uso de energias renováveis em todo o mundo.

30 de outubro de 2011

2012: Fim do mundo?

Há muito se fala em teorias em que o ano de 2012 será o marco da vida na Terra. Pois bem, talvez não seja o fim de todos, mas pode ser de muita gente no planeta. Motivo? Falta de energia!

Não Acredito! Há pessoas sem ENERGIA ELÉTRICA no mundo? Sim, 1,4 bilhão. (segundo dados da Rede de Conhecimento ONU-Energia).

Mas não existem 7 bilhões de pessoas no mundo, conforme recete foi noticiado? Então 20% da população não tem acesso à ENERGIA ELÉTRICA!

Por isso, o ano de 2012 foi eleito o ANO INTERNACIONAL DA ENERGIA SUSTENTÁVEL!

Fique ligado....

Logo mais traremos informações sobre as metas deste ano que já está tão pertinho...

23 de outubro de 2011

Energia SUSTENTÁVEL, RENOVÁVEL OU LIMPA?

Entenda a diferença!

ENERGIA RENOVÁVEL: Refere-se aà utilização de recursos que se renovam, como o vento, a água e sol. Contrapõe-se aos recursos não renováveis, como os fósseis.

ENERGIA LIMPA: É aquela que não polui, ou que polui menos que o tradicional. Os mais comuns na produção e no consumo são a hidrelétrica, a solar e a eólica.

ENERGIA SUSTENTÁVEL: É a energia que é utilizada na velocidade e consumo certos de maneira que a natureza possa repor os recursos. A energia a lenha, por exemplo, pode ser sustentável, na medida em que utiliza madeira cultivada para esse fim. Em contrapartida, esta emite poluição, então não é limpa.

Que tipo de energia seria RENOVÁVEL, LIMPA E SUSTENTÁVEL ao mesmo tempo?


Fonte de pesquisa: http://www.mundointerpessoal.com/2010/06/entenda-as-diferencas-entre-energia.html

15 de julho de 2011

Calor É Energia em Transição

Poderia-se considerar um contrasenso termos que gastar energia quando se está quente. Para piorar a situação, quanto mais quente, mais energia gastamos. Uma alternativa proposta é utilizar, através do efeito fotovoltaico, o calor que desprezamos para climatizar ambientes. Além de ventilar, é possível movimentar o ar extraindo-o.

3 de julho de 2011

Gerando energia piezoelétrica com caminhões

Terça-feira, Maio 05, 2009


A companhia israelense do setor de energia Innowattech, instalou em uma estrada da cidade de Haifa, norte de Israel, geradores que transformam em energia a força mecânica da pressão dos pneus dos veículos.
Os geradores, piezoelétricos, ficam entre 3 e 6 centímetros de profundidade no solo. Uma única faixa de 1 quilômetro equipada com o gerador já está fornecendo aos israelenses 0,5 megawatt por hora, o suficiente para iluminar 600 casas durante um mês.

Piso gera eletricidade pela passagem de veículos e pedestres

Fábio Reynol - Agência Fapesp - 09/04/2010
Piso gera eletricidade pela passagem de veículos ou pedestres
Pesquisadores da Unesp desenvolvem sistema de geração de energia piezoelétrica que funciona com a passagem de carros e pedestres.[Imagem: Ag.Fapesp]

Ao passar sobre uma placa cerâmica embutida no asfalto, os veículos estimulam o material a produzir energia elétrica. Esta energia, então, alimenta a iluminação de placas e dos semáforos da própria rua ou estrada.

Esta é apenas uma das possíveis aplicações de uma pesquisa feita na Universidade Estadual Paulista (Unesp) que visa ao desenvolvimento de um sistema para o aproveitamento da energia cinética dos carros para a geração de eletricidade.

Energia piezoelétrica

O trabalho começou com o professor Walter Katsumi Sakamoto, do Departamento de Física e Química da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, que utilizou sua experiência na construção de sensores de radiação e de umidade de solo para elaborar dispositivos piezoelétricos, que geram energia quando são submetidos à pressão ou torção.

Essas tecnologias têm em comum a utilização de compósitos cerâmicos nanométricos em formato de filmes. O pesquisador costumava importar alguns desses materiais, como o polifluoreto de vinilideno (PVDF), o poliéter-éter-cetona (PEEK) e o titanato zirconato de chumbo (PZT).

No entanto, para desenvolver o sensor piezoelétrico, decidiu encontrar similares nacionais. Foi quando convidou a professora Maria Aparecida Zaghete Bertochi, do Departamento de Química Tecnológica da Unesp, em Araraquara, a participar do trabalho.

Fabricação de PZT

"O desafio foi desenvolver um material que apresentasse boa dispersão no polímero e, para isso, precisávamos encontrar o tamanho e a dispersão ideal das partículas", conta Maria Aparecida. Bons resultados forma obtidos pela produção de nanopartículas de titanato zirconato de chumbo (PZT) preparadas por processo químico.

A fim de obter o material, o grupo de Araraquara desenvolveu um novo método de síntese para a cerâmica. O convencional, chamado de mistura de óxidos, exige altas temperaturas, além da submissão do material a um processo de moagem.

Os pesquisadores conseguiram dispensar o tratamento térmico e a dispersão em meio aquoso e obtiveram o PZT a temperaturas de 180ºC. "Nosso método também promove menor contaminação ambiental por chumbo", disse a pesquisadora.

Já o compósito desenvolvido com a matriz PEEK suportou temperaturas de até 360º C e a nanocerâmica ficou bem dispersa, formando um filme compósito bastante homogêneo.

Energia por pressão

O filme não precisa ficar na superfície do solo o que torna o material apto a ser aplicado em condições severas. Os pesquisadores estimam que o dispositivo se manteria operante mesmo sob temperaturas inferiores a 0º C e sob água, como no caso de uma enchente, por exemplo.

Para gerar energia, o equipamento necessita de pressão intermitente, que seria exercida pela passagem dos pneus dos veículos. Essa força provoca uma deformação mecânica no material, que produz energia elétrica.

Sakamoto colocou o novo compósito entre duas placas de acrílico. O material gerou energia toda vez que uma das placas foi apertada manualmente, o que foi comprovado com o acendimento de um led (diodo emissor de luz) conectado ao dispositivo.

"Essa tecnologia poderá gerar energia em áreas movimentadas e não somente a partir da passagem de carros, mas também de pessoas a pé", explicou Sakamoto.

Segundo ele, shoppings centers poderiam utilizar pisos especiais que transformassem os passos dos frequentadores em energia para iluminar os corredores. Algumas estações de metrô no Japão já utilizam pisos do tipo.

Energia limpa

O advento recente das lâmpadas led, que consomem bem menos energia do que as fluorescentes e incandescentes, deverá, segundo Sakamoto, ajudar a impulsionar o uso da tecnologia piezoelétrica. "Sem contar o ganho ambiental por se produzir uma energia limpa", salientou.

"Dentro do próprio automóvel, poderíamos instalar geradores piezoelétricos que se alimentariam dos movimentos dos amortecedores, do giro dos pneus e de outras peças móveis", estima. A fonte alternativa pouparia o motor do carro, atualmente o responsável pela alimentação de seu sistema elétrico.

As aplicações são inúmeras. Um exemplo seria o no uso de compósitos em solas de sapatos, capazes de gerar energia suficiente para alimentar aparelhos celulares e outros eletrônicos portáteis enquanto seus usuários caminham.

Aplicações dos materiais piezoelétricos

Outro emprego da tecnologia piezoelétrica estaria na inspeção estrutural de materiais como, por exemplo, os usados na fuselagem de aeronaves. Sakamoto averiguou que o compósito foi bem-sucedido na detecção de microtrincas em placas de fibra de carbono presente nos aviões.

Ao colar o filme compósito na superfície da placa, a presença de trincas é detectada. Isso ocorre porque as fissuras emitem sinais conhecidos como ondas de Lamb. Nesse caso, o PZT percebe a interferência e gera um sinal que pode ser lido em um osciloscópio.

Entre outras possíveis aplicações desses sensores também estão a detecção de vazamentos de raios X em clínicas e hospitais e a produção de implantes capazes de estimular o crescimento ósseo guiado, o que seria muito útil em tratamentos ortopédicos e implantes dentário.

Supercapacitores

Entre os próximos desafios da pesquisa está o desenvolvimento de matrizes poliméricas mais moles, semelhantes à borracha. "Em teoria, quanto maior a deformação do compósito, maior é o sinal gerado", explicou o professor da Unesp.

Os pesquisadores procuram parceiros que se interessem em investigar novos capacitores que consigam armazenar uma quantidade maior de energia do que os modelos atuais. A nova geração desses dispositivos, apelidados desupercapacitores, é alvo das pesquisas desse tipo de energia.

Sakamoto aponta que a resposta para esse obstáculo estará mais uma vez na nanotecnologia. "O desafio será desenvolver outro nanomaterial com a propriedade primordial de acumular grande quantidade de energia em um tamanho reduzido", disse.