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10 de maio de 2010

Leilão de energia terá 55 projetos de geração a partir do bagaço de cana

O Leilão de Energia de Reserva, no dia 18 de junho, vai contar com a participação de 55 projetos de geração a partir do bagaço de cana-de-açúcar. “Considerando-se a potência instalada, o total de projetos de bioeletricidade chega a 3.518 MW, o que representa 24% do total da oferta cadastrada”, afirma o assessor de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Zilmar de Souza.


De acordo com Souza, a oferta de bioeletricidade cadastrada no leilão representa algo em torno de 70% da capacidade instalada atual do setor sucroenergético. O número de projetos inscritos surpreendeu a organização e indica que setor sucroenergético vai contribuir para aumentar a segurança dos sistema elétrico do País, afirma o especialista. “A produção de bioeletricidade funciona como uma forma complementar à energia hidrelétrica, justamente na época de poucas chuvas, quando os reservatórios de água diminuem. É aí que o bagaço de cana dá sua contribuição ao Sistema”, explica.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável pelo controle das instalações de geração e transmissão no sistema elétrico, cada mil MW médios de bioeletricidade inseridos no sistema Centro-Oeste/Sudeste equivalem a um aumento no nível dos reservatórios de água de 4%.

O bagaço de cana é um resíduo da produção de açúcar e etanol empregado na produção de vapor e energia elétrica nas usinas. Desde a década de 80, gera energia para atender as necessidades do setor. O excedente de energia é fornecido para a grade de distribuição.
Além dos projetos de bioeletricidade, foram cadastrados vários outros com base em fonte eólica e nas chamadas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A fonte eólica foi a mais representativa, com 399 projetos inscritos e 10.569 MW de potência cadastrada. Já as PCHs somaram 18 projetos, que totalizam 255 MW.
Os projetos cadastrados que utilizam biomassa estão distribuídos em nove Estados: São Paulo lidera com 32, totalizando 1.873 MW; Mato Grosso do Sul vem em segundo lugar, com sete projetos e 596 MW; Minas Gerais participa com seis, e 537 MW de potência instalada total.


Fonte: TERRA - Sociedade Sustentável ( http://sociedadesustentavel.terra.com.br/integra.php?id=1211 )

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